Nas planícies orientais da Colômbia, os índios sabem entrar no plano astral a vontade. Eles misturam as cinzas da árvore Guarumo com folhas de coca bem moída. em seguida, mascam a mistura vegetal ritualisticamente enquanto permanecem de cócoras, na posição das famosas huacas peruanas. As substâncias vegetais destas duas plantas tem poder de produzir êxtase nesses nativos indígenas.
LITURGIA ,
Embriagados pelo êxtase os indígenas colocam-se pessoalmente em uma formação ordenada. Estabelecem dois círculos, o interno e o externo. Primeiramente os homens e depois as mulheres. Os passos são deveras interessantes. Homens e mulheres dão um passo místico para frente, compassadamente, e outro para trás.
Dançam e cantam com exóticos sons, canções inefáveis da selva profunda. A Alma sente-se
transportada a um paraíso inefável, levada, aos tempos da antiga Arcádia, quando se rendia culto aos Deuses inefáveis do fogo, do ar, da água e da terra .
Os cantos da selva confundem-se com o som simpático das cascavéis que pendem como flores nos bonitos bastões que os nativos usam durante a liturgia. Esses sons de naturais guizos vegetais são semelhantes ao canto dos grilos no bosque, semelhantes ao típico som que a serpente cascavel produz. Isto nos recorda a vóz sutil , a palavra perdida, com a qual todo o mago aprende a sair em corpo astral instantaneamente.
A festa é intensiva e a liturgia solene. As horas passam e por fim os índios caem em suas redes (hamacas) que lhes servem de cama. Nesse instante solene, saem do corpo físico a vontade, desdobram-se em corpo astral para onde querem.
No México, os Astecas usavam os botões de peyote para sair em astral . Esse cactos abunda em chihuahua. Infelizmente o peyote que se conhece no vale do México não serve. Quem quiser conseguir o peyote verdadeiro tem que busca-lo entre os índios Taumaras. São os únicos que podem nos ensinar a tomar esse cactos.
Muita gente perdeu o seu tempo procurando o peyote no vale do México. Outras pessoas que conseguiram o cactos no norte do México também não alcançaram sucesso porque não sabem usar. O problema do peyote é difícil . Não recomendamos o uso dessa planta maravilhosa, mesmo que produza a separação dos corpos astral e físico e que mantenha a lucidez da consciência enquanto atua no plano astral . Recomendamos sim a prática e muita prática . De repente, se atua e se viaja em corpo astral.
- Livro Magia Crística Asteca de Samael Aun Weor -
O perigo da dependência química
quarta-feira, 30 de julho de 2014
quinta-feira, 24 de julho de 2014
História das drogas
Se você não as usa ou usou, provavelmente conhece
alguém que fez ou faz uso delas, certo ¿ Pois é, as drogas estão muito
presentes em nosso cotidiano, nas relações familiares, comunitárias, escolares,
nos jornais, nas TVs e algumas até em propagandas e comerciais. Mas ao
contrário do que muitos podem pensar, não são um presente da modernidade nem
decorrência das angústias e violências atuais. Têm uma relação antiga com os
homens, desde os primórdios. Elas fazem parte da história. Entre as mais
variadas épocas e civilizações, tiveram grande significado. Para entender o
papel que exerceram ao longo do tempo, percorreremos brevemente o caminho
traçado pelas drogas.
Já na pré-história, os homens sabiam manipular as
plantas para alterar seus estados de consciência e comportamento. Há 60 mil
anos, o homem de Neanderthal já usava oito diferentes plantas para fins
medicinais. Através das tábuas sumérias, dos cilindros babilônicos e dos
hieróglifos egípcios, sabe-se que essas culturas faziam uso do ópio. Até na
Odisséia, de Homero, encontra-se a menção do ópio como algo que “faz esquecer
qualquer sofrimento’.
Originário da China, o cânhamo (planta de origem da
maconha) foi descoberto há cerca de quatro mil anos. Na Índia, acreditava-se
que ele agilizava a mente, aumentando os desejos sexuais e proporcionando longa
vida. Era usado pelos budistas para ajudar na meditação. E, ainda, como remédio
para dor de dente, febre, insônia, tosse e disenteria. Na América, também
vários tipos de tabaco eram usados como remédio, em rituais religiosos ou por
prazer. Na África, usava-se em cerimônias sagradas a iboga, que contém um princípio
ativo parecido com o do LSD.
Substâncias como a coca, o guaraná, o café, o chá, a
noz de cola e o kat foram utilizadas inicialmente em vários países como
estimulantes, energéticos e até como moderadores de apetite. Sabe-se também que
as bebidas alcoólicas já eram utilizadas em 2.200 a. C. O vinho, bebida sagrada
para os católicos, aparece muitas vezes na bíblia. No livro do Gênesis, lê-se
que Noé teria plantado uma vinha após o dilúvio e se embriagado. Em suma, quase
todas as civilizações de que temos notícia experimentaram o álcool.
As drogas de uso mais antigo são os alucinógenos. Os
índios da América do Sul inalavam alucinógenos nas cerimônias religiosas,
durante os rituais de passagem dos jovens. Também faziam uso da inalação os
velhos hebreus, que aspiravam os gases frios das fendas de rochas, durante
alguns cultos religiosos. E até o pintor Van Gogh (1853-1840) costumava inalar
terebintina, derivado do petróleo utilizado como solvente de tintas.
Como se pode notar, na Antiguidade era comum observar
uma forte relação das drogas com o ritual religioso, em que recebiam um caráter
sagrado muito forte. Hoje, muito menos
frequentemente, ainda há o uso de substâncias para alteração de consciência em
rituais, como no caso do Santo Daime, criado no estado do Acre, que faz uso de
raízes e plantas para a fabricação de um chá, usado apenas durante as
cerimônias. Mas estas são ocorrenciais diferentes dos usos de abuso e devem ser
analisadas à parte.
Os
índios da América do Sul inalavam alucinógenos nas cerimônias religiosas,
durante os rituais de passagem dos jovens
Os remédios para o corpo e para a alma no mundo
antigo eram os sacrifícios. Com o tempo, o ritual de sacrifício foi substituído
pelo phármakon, que significa remédio ou veneno (diferenciando-se um e outro
apenas pela quantidade administrada). Para eles, enfermidade e cura eram
consideradas resultados de processo naturais, portanto, a medicina passou a
receitar o phármakon, de origem também natural. Neste momento, as drogas
deixaram de fazer parte do sobrenatural. Mas o vinho ainda era um perigo
potencial, pois era símbolo de Dionísio, deus das festas e orgias.
O uso de drogas, para os gregos, passou a ser
valorizado, se feito com moderação. O uso, por exemplo de uma bebida que
provavelmente continha ópio, era aconselhado para acalmar a dor. Já a
combinação exagerada de bebidas, alimentos e sexo era vista como muito
perigosa.
O
Cristianismo contra as drogas
Foi no período de introdução ao cristianismo que se passou
a questionar, restringir e proibir o uso de drogas. Antigamente, quase todas as
religiões faziam uso dessas substâncias. Os novos sacerdotes cristãos, tentando
acabar com a concorrência dos outros cultos, passaram a perseguir aqueles que
faziam uso das drogas e até aqueles que estudavam os seus poderes e usos
medicinais. Isso porque a dor, para os cristãos, era uma forma de se aproximar
de Deus. A investida contra as pesquisas dessas substâncias foi tão forte que,
no século X, a cura de doenças só podia ser feita com substâncias simbólicas
como óleos, velas e água benta.
Neste período, o Islã era mais permissivo com as
drogas. Chegou até a expandir o uso do ópio em pastilhas, que vinham com o selo
mash Allah, que significa “presente de Deus”. O ópio era considerado
euforizante para todas as situações, aconselhável para a passagem da segunda
para a terceira idade da vida e consumida nos diwans – locai de encontros
parecidos com cassinos.
O Cânhamo também era bastante utilizado. No mesmo
século X, o café passou a ser bastante consumido no mundo árabe. Ele servia
como remédio para o cansaço, durante a leitura das sagradas escrituras.
Na Europa medieval, que vivia uma situação caótica
de guerras, pragas e catástrofes naturais, acabou-se criando culpados para os
problemas sem dono : as bruxas.
Acreditava-se que feiticeiros e bruxas usavam drogas
para manter relações sexuais com o demônio.
As
navegações e as descobertas farmacológicas
O contato do Ocidente com a cultura árabe e a
invenção do álcool destilado no século XII influenciaram muito no avanço do
conhecimento das drogas. Ainda assim, durante muito tempo, aqueles que tinham
um conhecimento mais amplo sobre as drogas não eram muito bem vistos.
Com as rotas marítimas, houve um intercâmbio de
culturas e conhecimentos. Na América, os conquistadores encontraram uma
diversidade enorme de árvores e plantas, que proporcionou uma elevação
considerável no conhecimento da utilização desses produtos naturais. A
descoberta do continente americano foi também uma descoberta de grande parcela
do mundo das drogas. Revelou, por exemplo, a mescalina, a coca e o tabaco.
Fonte : Priscila Del Claro
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